Informação dirigida e excessiva
Na última aulas levantou-se a questão se a informação difundida pelos meios de comunicação social é dirigida e excessiva. Posso considera-la uma pergunta retórica, é obvio que hoje em dia os meios de comunicação social vivem para nos moldar e encher a mente. Vivem para criar falsas atitudes, opiniões tendenciosas… vivem para que olhemos para o mundo lá fora e achemos que afinal a nossa vida não vai assim tão mal.
Um exemplo paradigmático de informação dirigida e excessiva chama-se Campanha Eleitoral. Será que alguém já parou para pensar exactamente no que ela é e para que serve??
Todos sabemos que é uma das heranças da nossa querida democracia e que supostamente serve para nos elucidar sobre as vantagens e desvantagens do candidato X e Y.
Mas paremos mesmo para pensar…então porque ela se tornou em espectáculo televisivo? Os mais democratas reponderam porque são os meios onde mais gente tem acesso à informação. Ora lá está! São os meios de comunicação social e a sua informação que nos moldam a mente…são eles que nos vão conduzir ao voto em X ou Y…ou em nenhum. É isto que se esta precisamente a passar no nosso pais e é exactamente neste ponto que entra o excesso de informação.
Somos matraqueados todos os dias com x, y, z, b, d que se candidatam pelo partido x, y, z, h, j, e que apoiam o candidato ou deixam de apoiar. Somos matraqueados com ataques pessoais camuflados ou à queima-roupa que só nos fazem ganhar cada vez mais alergia à política.
E depois ainda temos as inúmeras listas de PROMESSAS, que nunca passam disso, que não nos informam…só nos iludem. Um excesso tal que usa sempre os mesmos actores para a mesma telenovela. Desde o 25 de Abril que aturamos sempre com as mesmas caras, as mesmas promessas…as mesmas ideologias que não passam de idealismos.
Co-responsáveis são os meios de comunicação social que alimentam e atiçam toda esta situação e acabam por viver no dilema entre a hipnotização e a fuga dos seus espectadores.
Já que não mudam as caras e já que os meios de comunicação social nos injectam tanta informação façam favor de não se sujeitarem a pressões e patrocínios e mostrar o real passado, a sua formação, as suas competências, o seu trabalho efectivo de cada candidato que se apresenta a umas eleições…não é por votação que me escolhem para um emprego…e pelas minhas capacidades e competências…e eu não me candidato a um lugar tão importante como qualquer cargo politico.
Isto foi mais um desabafo do que uma resposta…desculpem…mas já não há paciência para a hipocrisia politica e jornalística deste país.
3 Comentários:
Acho que este teu artigo é um pouco exagerado. Primeiro pelos jornalistas não há directa intenção em manipular e controlar o publico/audiência, o que acontece é que os assessores de imprensa e relações públicas conseguem passar a sua mensagem, essa sim controladora e manipuladora. Não é uma picardia com Relações Públicas, é este o trabalho deles e quando passa é porque fizeram um bom trabalho.
Depois a visão que me pareces ter sobre o jornalismo está um pouco condicionada por seres estudante de Relações Públicas. Também o exemplo que deste da campanha das presidenciais não pode ser extrapolado para outros assuntos. As campanhas politicas têm um tratamento espectáculo, primeiro pelas condicionantes do tempo no jornalismo e em segundo pela intenção dos políticos. O povo em geral com muita pena minha não “pensa” e não consegue perceber metade quer dos problemas do país quer do que os políticos dizem. Por isso funcionam melhor os ataques pessoais e as “peixeiradas”.
Depois e para acabar, os meios de comunicação social não têm a capacidade de influenciar directamente os comportamentos das pessoas. O modelo da “agulha hipodérmica” já não funciona, os “efeitos são mais limitados”. Engraçado teres dado o exemplo da campanha politica pois foi o mesmo usado por Katz e Lazersfeld para concluírem os “efeitos limitados dos media”.
Agradecida pelos ataques...mas nao mudo a minha posição seja ela de RP, de estudante ou de cidada.
Calma. O que escrevi não é nenhum ataque, muito pelo contrário. Foi a minha opinião, "piquei-te" um bocadinho porque esperava uma resposta tua. Mas é apenas a minha opinião e o meu ponto de vista de quem tem funções de RP num Municipio pequeno e que tem formação em jornalismo. É obvio que há interesses, e que por vezes passam mais do que outras. Mas não se pode culpar exclusivamente os "media". Aliás não se pode culpar ninguém.
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